terça-feira, 10 de agosto de 2010

Choro Platônico


Ver-lhe partiu-me o coração
Senti o que isso representava
Mais uma vez perdi
Sem chance de revanche

O que me resta
É chorar encolhida
Nesse banco de ônibus
E conformar-me

Lágrimas quentes
Descem pelo meu rosto
Resisti o quanto pude
Esforço inútil

A cada segundo sinto-me pior
O frio apossa-se do meu corpo
Sinto aproximarem-se
Confidentes de outrora

Depressão, angustia, depressão
Entornam-me a alma
Semelhante ao câncer
Consumindo-me por inteiro

Eu.... Ser melancólico
Inseguro, solitário
Espírito velho
Ser contraditório

Choro platônico
Amor mais seguro
Pensei inicialmente
Tolice canceriana

Tive-a por 13 dias
Perdi-a em 3 segundos
Choro de véspera
Sofrimento em dobro

Maldita décima segunda semana
Dias mórbidos
Noites chorosas
Semana inútil

Olheiras profundas
Marcas do desgosto
Sentimento de perda
Perda inexistente

Trigésima semana
Sentimentos em ordem
Trigésima terceira semana
Recaída chorosa

Suspiro profundo
Lágrima seca no olho
Poema acabado
Alívio quase imediato


10/08/10




quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Lapso de Espiração


(...)
Parecei um sonho,
finalmente ela estava ali,
na minha frente!

Mau podia acreditar...
Aquela menina linda...
Tão pertinho de mim!

Com seu rostinho angelical,
seu olhos pareciam um castanho
mais claros do que realmente são.

A curva do nariz simétrico,
o piercing adornando o canto
dos lábios bem feitos e, para finalizar,
o suas vestes pretas e o all star azul,
contrastando com a maquiagem
pesada e o traçado preto nos olhos,
completavam o visual
melindroso e sombrio.

(...)